O trabalho de Binho Barreto se divide em duas linhas: desenhos e pinturas em tinta acrílica, a partir de imagens presenciadas ou fotografadas, onde o ponto de partida é uma observação da objetividade da vida nas cidades. E os desenhos, geralmente em grafite ou nanquim, onde o artista mergulha na subjetividade ao criar personagens que vão surgindo na superfície do papel.
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“O prazer em produzir arte e a experiência de fazê-lo, para mim, são, de longe, mais importantes que o resultado material. Provavelmente a opção pela falta de acabamento, a assimetria e a estética do improviso tenham muito a dizer sobre isso.
Acredito que resida aí uma tentativa de fazer o resultado apontar para as possíveis experiências que ele pode incentivar. Não quero em meus trabalhos o acabamento hermético dos produtos, deixo vestígios do processo.
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Procuro estimular, sempre que possível, as experiências individuais (e coletivas) a partir do meu embate com o papel, com o tecido ou com a parede. “O que eu faria no meu lugar” é uma tentativa, pelo menos momentânea, de me desvencilhar do personagem social que me ocupa, fugir de padrões de comportamento e me sentir livre no contato com a produção artística.” – Binho Barreto
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