Foram dez dias de ocupação. O primeiro dia contou com dezenas de grafiteiros de diversos locais da cidade. A quantidade de pessoas grafitando nas paredes ao mesmo tempo, impressionou e gerou uma grande fumaça de spray. O cheiro do spray no ar, é claro, ficou bastante forte, e uma extensa névoa de fumaça pairava em toda a extensão da galeria Maris’tella Tristão, no Palácio das Artes. O evento, inevitalemente, teve que ser interrompido, pois um oficial do corpo de bombeiros estava na galeria e pediu que o evento fosse cancelado, pois o ar estava “irrespirável”. E realmente estava. Entre grafiteiros, curiosos, crianças, todos circulavam admirados com o processo de rápida evolução de ocupação das paredes da galeria, e o surgimento de cores, desenhos e formas, que pouco a pouco, ficou repleta de graffitis.Foram duas horas e meia de muito graffiti. Terminamos o evento antes do esperado.
Estar dentro da Fundação Clóvis Salgado é um grande feito, mas há regras que têm que ser seguidas e cumpridas. E assim encerramos o primeiro dia com um saldo positivo, e muitos adeptos que passaram por lá no primeiro dia e deixaram sua marca. Os outros dias transcorreram mais tranquilos. Limitamos em 5 pessoas usando spray (por causa do forte cheiro) ao mesmo tempo, e quem estivesse apenas com tinta acrílica, pincéis ou mesmo canetões podiam ficar todos produzindo seus desenhos sem restrições.
Muitas polêmicas quanto à atropelos, palavras de oposição ao sistema das artes, a questão da classificação de censura livre ou de maior de 18 anos, enfim, tudo o que se pintava nas paredes, de alguma forma, gerava comentários, discussões e pensamentos sobre a questão do Graffiti como Arte, ser o Graffiti uma expressão pertencente única e exclusivamente às ruas, o papel da instituição e da galeria, etc etc.
A idéia central foi produzir um projeto onde o trabalho coletivo e processual fosse o principal objetivo, e que gradativamente fosse ocupando lentamente as paredes da galeria. A maioria dos artistas voltaram para terminar seus trabalhos no decorrer da semana, sempre com muita tranquilidade e organização.
Por fim, o resultado foi positivo e visualmente caótico. Tentamos chegar o mais próximo possível do que é feito nas ruas. Mas claro que a essência é inquestionável e jamais possível de ser comparada: do risco que se corre, dos atropelos e a marcação de território na cidade.
Agradecemos à Ione de Medeiros e Jonnatha Horta da Officina Multimédia pelo convite e ao Léo Bahia e toda a equipe do Palácio das Artes por ter abraçado à idéia e disponibilizar o espaço Maris’tella Tristão para realizarmos nosso projeto.
A partir do dia 16 de janeiro de 2011, a galeria Mari’stella Tristão, no Palácio das Artes, funcionará como um espaço aberto para intervenções onde qualquer pessoa estará apta para intervir da maneira como quiser, assim como é feito nas ruas. Venha deixar sua marca na galeria! É democrático assim como na rua. Traga seu spray, sua caneta . seja o que for!!!!
Durante o tempo de exposição, o processo de ocupação do espaço em branco será registrado em foto e vídeo para dar origem a um catálogo digital.
Essa exposição faz parte do Projeto Verão Arte Contemporânea 5.
Concepção: Gabriel Montenegro
Produção: Gabriel Montenegro / Angelina Camelo
Realização: Detono Graffiti , Mini Galeria e Verão de Arte Contemporânea
Apoio: Fundação Clóvis Salgado.
Período para as intervenções: De 16 à 25 de janeiro: terça a sábado: de 9h30 às 20h e domingo, de 16h às 20h
Abertura / encerramento: Quarta-Feira, dia 26 de Janeiro à partir das 19h – Palácio das Artes
Nossos sinceros agradecimentos à Ione de Medeiros e Jonnatha Horta do grupo Oficcina Múltimédia pelo convite para criar um projeto dentro da programação do Verão de Arte Contemporânea 5 e ao Léo Bahia e toda equipe do Palácio das Artes por ter abraçado a idéia e nos possibilitando realizar esse projeto dentro do espaço da belíssima galeria Maris’tella Tristão.
Foram dez dias de ocupação. O primeiro dia contou com dezenas de grafiteiros de diversos locais da cidade. A quantidade de pessoas grafitando nas paredes ao mesmo tempo, impressionou e gerou uma grande fumaça de spray. O cheiro do spray no ar, é claro, ficou bastante forte, e uma extensa névoa de fumaça pairava em toda a extensão da galeria Maris’tella Tristão, no Palácio das Artes. O evento, inevitalemente, teve que ser interrompido, pois um oficial do corpo de bombeiros estava na galeria e pediu que o evento fosse cancelado, pois o ar estava “irrespirável”. E realmente estava. Entre grafiteiros, curiosos, crianças, todos circulavam admirados com o processo de rápida evolução de ocupação das paredes da galeria, e o surgimento de cores, desenhos e formas, que pouco a pouco, ficou repleta de graffitis. Foram duas horas e meia de muito graffiti. Terminamos o evento antes do esperado.
Estar dentro da Fundação Clóvis Salgado é um grande feito, mas há regras que têm que ser seguidas e cumpridas. E assim encerramos o primeiro dia com um saldo positivo, e muitos adeptos que passaram por lá no primeiro dia e deixaram sua marca. Os outros dias transcorreram mais tranquilos. Limitamos em 5 pessoas usando spray (por causa do forte cheiro) ao mesmo tempo, e quem estivesse apenas com tinta acrílica, pincéis ou mesmo canetões podiam ficar todos produzindo seus desenhos sem restrições.
Muitas polêmicas quanto à atropelos, palavras de oposição ao sistema das artes, a questão da classificação de censura livre ou de maior de 18 anos, enfim, tudo o que se pintava nas paredes, de alguma forma, gerava comentários, discussões e pensamentos sobre a questão do Graffiti como Arte, ser o Graffiti uma expressão pertencente única e exclusivamente às ruas, o papel da instituição e da galeria, etc etc.
A idéia central foi produzir um projeto onde o trabalho coletivo e processual fosse o principal objetivo, e que gradativamente fosse ocupando lentamente as paredes da galeria. A maioria dos artistas voltaram para terminar seus trabalhos no decorrer da semana, sempre com muita tranquilidade e organização.
Por fim, o resultado foi positivo e visualmente caótico. Tentamos chegar o mais próximo possível do que é feito nas ruas. Mas claro que a essência é inquestionável e jamais possível de ser comparada: do risco que se corre, dos atropelos e a marcação de território na cidade.
Agradecemos à Ione de Medeiros e Jonnatha Horta da Officina Multimédia pelo convite e ao Léo Bahia e toda a equipe do Palácio das Artes por ter abraçado à idéia e disponibilizar o espaço Maris’tella Tristão para realizarmos nosso projeto.